Há algum tempo atrás, lendo uma análise de um colega sobre os motivos que levaram a população dos EUA à reeleger Trump, este trouxe algumas provocações bem interessantes, e algumas eram pertinentes à nossa área de Governança.
Esta análise mencionava pontos como a aversão de uma boa parte da população americana a idéias como o pensamento WOKE e também mencionava, dentro de sua análise, que o mundo corporativo não preciava de ESG, mas sim de proteção ao meio ambiente, proteção ao social e de governança.
Num primeiro momento, me causou muita estranheza a afirmação. Até porque gosto muito das entradas deste colega, e o considero uma vozes lúcida e de extremo bom senso dentro do Linkedin.
No entanto, tal afirmação permaneceu ecoando no meu pensamento.
Analisando de forma prática, eu consigo entender onde ele quer chegar.
Como que um profissional de Compliance pode pensar de tal forma? Vocês podem estar se questionando…
Numa análise fria e prática, e comparando ESG a Compliance, um programa de Compliance tem como objetivo a implementação de uma estrutura que cria governança, implementando os ditames da hashtag#legislação.
Exemplificando, para facilitar a compreensão, criamos controles para dirimir riscos de corrupção, lavagem de dinheiro, proteção a privacidade de dados, proteção ao meio ambiente, combate à discriminação, e isso dentro do que a legislação determina.
ESG é uma idéia, um conceito, são pilares, que se aplicados sem método, e sem um objetivo, não passam de um conjunto de intenções sem muita estrutura, e sem fundamento.
Basta olharmos para o discurso de algumas organizações que surfaram no hype (moda, se preferir), mas que efetivamente pouco implementaram governança e controles efetivos para endereçar obrigações determinadas por lei. Todos sabemos o que é isso ➡️ Greenwashing.
Dizem que a era Woke está acabando, talvez a era do ESG também esteja.